Ataque provocou a morte de mais de 1,2 mil pessoas. As imagens de pessoas executadas de forma cruel pelos terroristas chocaram o mundo. Um ano do 7 de outubro: a esperança das famílias pela volta de reféns
Nesta segunda-feira (7), a invasão do grupo Hamas a Israel – que provocou a morte de mais de 1,2 mil pessoas – vai completar um ano. Naquele 7 de outubro, as imagens de pessoas executadas de forma cruel pelos terroristas chocaram o mundo.
O Hamas também sequestrou mais de 200 pessoas; 101 ainda estão sob o poder dos terroristas. Na ação militar israelense que se seguiu em Gaza, 41 mil pessoas morreram até agora, de acordo com a ONU. O Fantástico conversou com parentes de reféns que mantêm a esperança de recebê-los de volta em casa.
6h: era um sábado festivo, parte de um feriado. O dia começava, mas as famílias reunidas formam surpreendidas pelo terror. A ameaça que vinha do alto não era somente a explosiva. Cerca de 3 mil terroristas do Hamas, da Jihad Islâmica e civis de Gaza invadiram a fronteira de Israel de parapentes, carros e motos.
Um ano do 7 de outubro: as marcas do ataque do Hamas a Israel e a esperança das famílias pela volta de reféns
Fantástico/ Reprodução
Fortemente armados com fuzis e filmando tudo com celular ou câmeras presas às roupas, eles tinham metas: assassinar o maior número possível de judeus e fazer reféns para servirem como moeda de troca por prisioneiros palestinos.
“Os israelenses tinham medo de mísseis, agora eles têm medo de invasões por terra. Algo que é inimaginável para um país que tem uma inteligência, que tem um Exército, que tem uma força de segurança, que falhou brutalmente nesse dia em relação à inteligência”, afirma o cientista político André Lajst.
Os terroristas atacaram bases militares e 21 comunidades agrícolas, conhecidas como kibutz. Dizimaram famílias, queimaram bebês e idosos como os tios de Jimmy, dentro de casa no kibutz Nir Oz.
“Eles chegavam e, qualquer casa que eles viam gente, eles tiravam de casa, ou levavam eles para Gaza, ou queimavam a casa junto com a gente”, relembra Jimmy.
Ao mesmo tempo, terroristas surpreenderam 3 mil jovens que dançavam ao som de música eletrônica no festival Nova. Lá, eles queimaram carros e pessoas, metralharam jovens em banheiros químicos onde os frequentadores se escondiam. 405 pessoas foram assassinadas no festival. No 7 de outubro de 2023, mais de 1,2 mil pessoas foram executadas em Israel por terroristas do Hamas.
Reposta militar de Israel
No dia seguinte, Israel começou uma grande ofensiva aérea em Gaza e depois por terra. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu falava em eliminar o grupo terrorista Hamas.
“O Hamas perdeu dos 24, 23 batalhões, 23 e meio. Israel disse que já eliminou em torno de 17 a 20 mil membros do Hamas, e mais de 6, 7 mil foram levados a prisões israelenses. O Hamas, hoje em dia, é uma sobra de membros deslocados, sem uma organização militar por trás, sem ter a infraestrutura que tinham antes e, obviamente, sem a linha de comando para tomar decisões”, afirma o cientista político André Lajst.
Incerteza do paradeiro de reféns
Na invasão de 7 de outubro, o Hamas sequestrou mais de 200 pessoas de diferentes nacionalidades. Entre elas, uma família inteira
Fantástico/ Reprodução
Na invasão de 7 de outubro, o Hamas sequestrou mais de 200 pessoas de diferentes nacionalidades. Entre elas, uma família inteira: pai, mãe e dois filhos – um de 4 anos e um bebê de apenas 9 meses na época. Até hoje, os parentes não sabem se eles estão vivos ou não.
“É muito, muito difícil. Tem uma ponta em algum lugar que está falando para mim que eles ainda estão vivos”, conta Jimmy Miller, primo de Shiri Bibas.
Hoje, 117 reféns já retornaram a Israel. Mas ainda há 101 em Gaza, e não se sabe quantos ainda estão vivos.
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