Robert Kennedy Jr. é confirmado como secretário da Saúde do governo Trump

Robert Kennedy Jr. é confirmado como secretário da Saúde do governo Trump


Confirmação ocorreu em votação apertada no Senado dos EUA nesta quinta (13). Sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy, Robert é conhecido por espalhar teorias da conspiração e é a favor de proibir alguns imunizantes nos EUA. Robert F. Kennedy Jr.
Thomas Machowicz/Reuters
Robert Kennedy Jr. foi confirmado nesta quinta-feira (13) como secretário da Saúde do governo Trump pelo Senado dos EUA.
Cético das vacinas, defensor do leite cru e de teorias da conspiração relacionadas à saúde pública, Kennedy Jr. agora controla verba de US$ 1,7 trilhão em gastos federais do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.
A confirmação de Kennedy Jr. veio em uma votação acirrada, de 52 votos a favor contra 48, e apesar da desconfiança de senadores, que não quiseram contrariar o presidente Donald Trump.
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Kennedy Jr. é filho do senador assassinado Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy — que também foi morto enquanto estava no cargo, na década de 1960. Advogado, ele tem 70 anos de idade.
O secretário da Saúde é conhecido por ter se engajado na campanha antivacinação durante a pandemia de Covid-19 e por espalhar teorias da conspiração. Ele já chegou a afirmar que alguns imunizantes causavam autismo. Estudos internacionais apontam que isso não é verdade. (Leia mais sobre ele abaixo)
Quem é Robert F. Kennedy Jr.
Robert Kennedy Jr. é um advogado de 69 anos e filho do senador assassinado Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy.
Como co-fundador de um escritório de advocacia ambiental, Kennedy Jr. foi elogiado por seu ativismo em questões como água potável, inclusive trabalhando para limpar o Rio Hudson em Nova York.
Mas as opiniões antivacina dele provocaram uma forte reação, inclusive da própria família Kennedy. Em 2019, três parentes dele escreveram um artigo de opinião no site “Politico” denunciando as opiniões do advogado sobre imunizantes.
Dois anos mais tarde, Kennedy Jr. teve a conta excluída do Instagram por “compartilhar repetidamente” informações falsas.
Já em 2022, o Facebook e o Instagram removeram contas de um grupo antivacina fundado por ele, o Children’s Health Defense. No mesmo ano, ele invocou a Alemanha nazista durante um discurso antivacina em Washington em 2022.
Kennedy Jr. também publicou um livro — The Real Anthony Fauci —, no qual acusou o ex-chefe de doenças infecciosas dos EUA de “um golpe de Estado histórico contra a democracia ocidental”.
Ex-democrata, o advogado tentou concorrer nas primárias presidenciais do partido para as eleições de 2024. Mais tarde, optou por seguir uma candidatura independente.
Ao desistir da campanha presidencial, em agosto deste ano, Kennedy Jr. disse que iria apoiar Trump por causa do conflito na Ucrânia e pela “guerra pelas crianças”. Segundo ele, essas questões também foram determinantes para o fazer deixar o Partido Democrata.
À época, a família Kennedy reiterou apoio à candidata democrata Kamala Harris por meio de um comunicado.
Robert Kennedy Jr., à direita, fala em uma manifestação contra um projeto de lei que tiraria a capacidade dos pais de reivindicarem uma isenção filosófica para não vacinar os filhos em idade escolar contra sarampo, caxumba e rubéola.
Ted S. Warren/AP

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