Líbano anuncia formação de governo, e ex-presidente da Corte Internacional de Justiça se torna premiê do país

Líbano anuncia formação de governo, e ex-presidente da Corte Internacional de Justiça se torna premiê do país


Nawaf Salam, que presidente tribunal da ONU responsável por disputas entre Estados, foi nomeado oficialmente após semanas de negociações entre grupos rivais. País ficou dois anos sem governo e enfrenta crise econômica e sul e capital parcialmente destruídos por bombardeios de Israel. O novo primeiro-ministro do Líbano, Nawaf Salam, acena durante evento em 1º de janeiro de 2025.
Hassan Ammar/ AP
Depois de dois anos de limbo político e uma guerra que devastou parte de Beirute, o Líbano anunciou neste sábado (8) que um novo governo foi formado no país, que será liderado por Nawaf Salam, ex-presidente da Corte Internacional de Justiça.
O anúncio foi feito pelo atual presidente libanês, Joseph Aoun, eleito em janeiro — que exerce a função de chefe de Estado, mas não de governo.
Aoun assinou um decreto nomeando Nawaf Salam como o novo primeiro-ministro do país. Salam é diplomata, jurista e, atualmente, também é juiz da Corte Internacional de Justiça — o tribunal da ONU para julgar casos de disputas entre Estados, sediada em Haia, na Holanda.
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Ele já havia sido apontado pelo presidente há três semanas, após o Parlamento respaldá-lo depois de semanas de negociações entre políticos que representam seitas rivais do Líbano. O Hezbollah, que também tem presença no Parlamento, não aceitou o nome de Salam.
As novas autoridades do Líbano também marcam uma mudança de líderes próximos ao Hezbollah e são consideradas um golpe para o grupo extremista.
Salam, apoiado por facções cristãs e drusas que integram o Parlamento, formou um gabinete com 24 membros, que vão governar agora o país. A nomeação formal do premiê garante também ao país acesso a fundos de reconstrução após a devastadora guerra do ano passado entre Israel e o Hezbollah.
Milhares de pessoas morreram no país por conta de bombardeios israelenses que destruíram parte do sul do Líbano e da capital, Beirute.
Economia
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O Líbano também enfrenta uma das piores crises econ, agora em seu sexto ano e que atingiu seus bancos, destruiu o setor elétrico levou milhões à.
Salam, ex-presidente do Tribunal Internacional de Justiça, prometeu reformar o judiciário e a economia e trazer estabilidade ao país.
No início de janeiro, o ex-chefe do Exército Aoun foi eleito presidente, encerrando o vácuo dessa posição. Ele também era um candidato não endossado pelo Hezbollah e seus principais aliados. Aoun também prometeu consolidar o direito do estado de “monopolizar o porte de armas”, em uma aparente referência às armas do Hezbollah.

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