Nos últimos meses, observa-se uma crescente preocupação da população de Várzea Grande com a postura do atual presidente da Câmara de Vereadores, cujas ações têm levantado suspeitas de favorecimento aos interesses do clã Campos e de interferência direta na gestão da prefeita Flávia Moretti. Essas atitudes não apenas minam a autonomia administrativa do Executivo, como também sugerem a promoção de uma agenda que pouco beneficia a população e muito atende a interesses políticos pessoais.

Um “cabide de empregos” na Secretaria de Saúde

A Secretaria de Saúde, liderada pela nova gestora Deise Boccalon, enfrenta desafios significativos para organizar a pasta e oferecer um atendimento mais eficiente para os cidadãos. No entanto, a pressão para transformá-la em um “cabide de empregos” é cada vez mais evidente. Relatos indicam que aliados políticos do presidente da Câmara tentam influenciar diretamente as nomeações de cargos comissionados, o que comprometeria a meritocracia e o foco em serviços essenciais.

O que está em jogo aqui é o equilíbrio entre manter uma estrutura enxuta e eficaz na administração versus o favorecimento de correligionários e apoiadores. Priorizar indicações políticas à frente de competência é um retrocesso, que prejudica diretamente os munícipes, que sofrem com falta de medicamentos, demora em consultas e outras deficiências crônicas na saúde pública.

O alinhamento com os Campos

Historicamente, Várzea Grande esteve sob a influência do clã Campos, e o presidente da Câmara parece continuar atuando como um fiel escudeiro dessa dinastia política. Essa proximidade levanta questionamentos: seria a oposição à gestão Moretti uma maneira de preservar o legado e os interesses do grupo Campos? Em vez de atuar de forma republicana e colaborar para o progresso da cidade, as ações do presidente da Câmara dão a entender que a prioridade é dificultar qualquer avanço que possa retirar a influência do clã na política local.

A população merece mais

O papel do Legislativo é fiscalizar, propor e contribuir com soluções para os problemas da cidade. Mas quando a liderança da Câmara parece agir com motivações que ultrapassam o interesse público, a confiança da população é colocada em xeque. A cidade de Várzea Grande merece um poder político que atue de forma transparente, colaborativa e em sintonia com as demandas do povo.

Os cidadãos precisam cobrar respostas objetivas sobre as reais intenções de transformações internas, bem como questionar se os ataques à gestão atual visam solucionar problemas ou apenas perpetuar estruturas ultrapassadas de poder.

Chegou o momento de exigir responsabilidade e coerência das lideranças políticas, priorizando sempre o bem-estar da população em detrimento de interesses particulares e manobras políticas. A sociedade está mais atenta do que nunca e não tolera retrocessos.